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Φανή Πεταλίδου
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ΑρχικήΑπόψεις«Eνα επικίνδυνο ευρωπαϊκό παραστράτημα προς αποφυγή»

«Eνα επικίνδυνο ευρωπαϊκό παραστράτημα προς αποφυγή»

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Javier-SolanaΟ  Benjamin Formigo, σε άρθρο γνώμης που δημοσιεύτηκε στην ηλεκτρονική έκδοση της εφημερίδας Jornal de Angola,  κατακρίνει τον Javier Solana όχι για τόσο για τις απόψεις που εκφράζει στο άρθρο γνώμης που δημοσίευσε η ισπανική El País, ( 16/06/2011) αλλά για την παντελή απουσία οποιασδήποτε αναφοράς στη συνεχιζόμενη παράνομη κατοχή μέρους της Κύπρου από τα τουρκικά στρατεύματα και στα ψηφίσματα του ΟΗΕ που απαιτούν την απόσυρση  του στρατού και την επαναφορά της  νομιμότητας.

Αυτό που ξαφνιάζει πάνω από όλα τον κ. Formigo, είναι το ότι ένας άνδρας με το πνευματικό και πολιτικό υπόβαθρο του κ. Solana αγνοεί το κυπριακό πρόβλημα και το ότι χωρίς την εξεύρεση λύσης η Τουρκία δεν μπορεί να ενταχθεί πλήρως στην Ε.Ε.

 

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Τελειώνοντας, ο αρθρογράφος αναφέρει ότι «τα λόγια του Solana, ή μάλλον η σιωπή του, απηχεί την εκκωφαντική σιωπή της Ευρωπαϊκής Ένωσης σε σχέση με την κατοχή της Κύπρου.  Θεωρεί ότι πρόκειται για ακόμα ένα παραστράτημα της Ε.Ε. εις βάρος των αρχών της κα ότι η Ε.Ε. οφείλει να αναθεωρήσει τον πολιτικό της ρόλο.

”συνοπτική μετάφραση”*

25 de Junho de 2011

Uma perigosa deriva europeia que tem de ser recusada

No diário “El Pais” o até recentemente responsável pela política externa da União Europeia, Javier Solana, fez declarações espantosas e perigosas vindas de alguém que quer continuar a ser visto como uma personalidade de prestígio na política europeia.

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JORNAL DE ANGOLA

Domingo, 26de Junho 2011

 

Horizontes

Benjamim Formigo

 

Uma perigosa deriva europeia que tem de ser recusada

 

25 de Junho, 2011
No diário “El Pais” o até recentemente responsável pela política externa da União Europeia, Javier Solana, fez declarações espantosas e perigosas vindas de alguém que quer continuar a ser visto como uma personalidade de prestígio na política europeia.

Javier Solana, numa coluna que mantém no diário espanhol, dissertou sobre a importância estratégica de uma adesão da Turquia à União. Estratégica do ponto de vista económico, estratégica por a mão-de-obra estar a diminuir na Europa com a queda da natalidade. Os argumentos são discutíveis, são os argumentos e os pontos de vista de Solana.

O grave daquele artigo é o facto de conspicuamente omitir qualquer referência à continuada ocupação ilegal de parte de Chipre por militares turcos. Javier Solana omitiu qualquer referência às posições da Comunidade Internacional, adoptadas na ONU, exigindo a retirada militar turca e devolução da soberania ao legítimo Governo do Chipre.

A invasão militar turca de 1974, a pretexto de uma discriminação da comunidade cipriota turca pela maioria ortodoxa grega e de uma tentativa de golpe de Estado por nacionalistas consumava uma aspiração turca desde 1955. A Turquia manobrou antecipadamente separando as duas comunidades, antes da invasão, através da acção de cipriotas turcos que desejavam a união com aquele país. De jure o Governo cipriota detém a soberania sobre toda a ilha, porém uma linha divisória percorre o território dividindo famílias, comunidades e mantendo na Europa a única cidade dividida após a queda do Muro de Berlim: Nicósia.
A Norte dessa linha uma autoproclamada república cipriota turca viu o seu reconhecimento recusado por toda a Comunidade Internacional, à excepção claro dos seus mentores: a Turquia. Essa “linha verde” que divide a ilha marca não só uma separação geográfica e política como social e económica. No Sul, a República de Chipre, sob o Governo internacionalmente reconhecido, se desenvolveu de forma notável, chegando ao ponto de ser um contribuinte líquido da União Europeia – a que aderiu em Maio de 2004. O nível de vida na região não ocupada de Chipre é um dos mais elevados da Europa, a Educação, Saúde, estruturas sociais e relações laborais são exemplos. Como é exemplo a forma de governo quase consensual que os vários partidos mantêm, o que se traduz numa estabilidade do ambiente económico do país.

Na linha de charneira com o Médio Oriente, Chipre tem sido um país de refúgio em vários conflitos. A Igreja Ortodoxa Grega tem promovido com sucesso conferências entre religiões.

Ou seja, Chipre tem seguido a mesma filosofia humanista, de boa vizinhança, coexistência pacífica e de desenvolvimento solidário que presidiu, após a 2ª Guerra Mundial, à fundação dos primórdios do que é hoje a União Europeia. Não pode por isso deixar de ser assustador que um homem com a estatura política e intelectual de Javier Solana tenha ignorado o problema cipriota. Sem o acordo de Chipre a Turquia não pode aderir à União Europeia. Chipre por seu turno gostaria de ver solucionada a retirada das tropas turcas do Norte do seu território para ter a Turquia na União e daí garantias de estabilidade nas relações com o seu vizinho.

Nos últimos anos a Europa tem conhecido muitas derivas de origem financeira. A Europa esqueceu, de facto, o estado social que criou exemplarmente no pós guerra. O poder financeiro tem-se sobreposto até aos interesses económicos. Os interesses estratégicos dos Estados passaram a ser geridos pelo mercado depois obviamente de privatizados. Contudo se na Europa um pequeno grupo entendeu que não podia assistir e manter-se neutro no conflito líbio, não deixa de ser espantoso que se possa ignorar um conflito que envolve um dos Estados membros da União e se arrasta há quase 40 anos.

As palavras de Javier Solana, ou melhor, o silêncio de Solana, fazem coro com o silêncio ruidoso da Europa relativamente à ocupação de Chipre. Se esta é mais uma deriva europeia, sem saída e à custa de princípios, será mais uma deriva a recusar e a Europa tem de repensar o seu papel político, já que o financeiro é pedir aos países emergentes que subsidiem a sua dívida.

 

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